Uma comissão de diretores do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) se reuniu com o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS) para encaminhar discussões sobre dois temas, que segundo os representantes dos professores, têm gerado tensões nas escolas particulares.
Um deles é o trabalho extra gerado aos docentes para atendimento a estudantes com deficiência. O outro, o uso indevido de aparelhos de telefonia celular em sala de aula (smartphones e tablets).
Na ocasião, a direção do Sinpro/RS entregou um documento à direção do sindicato patronal com o detalhamento dos assuntos no sentido de que sejam negociadas e construídas por ambos os sindicatos formas de regulamentação para dar solução aos problemas apresentados.
Sobre o trabalho extra na inclusão de estudantes com deficiência, o Sinpro/RS defende ter se tornado “urgente que as escolas reconheçam e remunerem integralmente o esforço imenso dos professores para que de fato os estudantes com deficiência exerçam o seu direito à inclusão”.
Já no que tange ao uso indevido de celulares, o Sindicato relatou ao Sinepe/RS que tem acompanhado situações constrangedoras decorrentes do uso de celulares, em especial de fotos e de vídeos feitos em sala de aula.
O Sinpro/RS, por sua vez, reivindica “que as escolas tenham mais confiança nos seus professores e projeto pedagógico e impeçam o uso indevido de celulares em sala de aula, construindo um protocolo que a proteja de intromissões externas que só promovem a discórdia, o conflito e o ódio”.
Na avaliação do coordenador do Sinpro Noroeste, Valdir Kinn, o objetivo da reivindicação é a definição de um protocolo que regulamente o uso de celular em sala de aula, considerando dois fatores: o primeiro, de que está demonstrado que, especialmente para crianças e jovens, o uso excessivo das telas dispersa por demais a concentração em sala de aula; e um segundo ponto, relacionado ao direito de imagem do professor. “Está acontecendo uma espécie de busca por patrulhamento e constrangimento do professor em sala de aula, com a gravação de imagens que depois são editadas e divulgadas de forma equivocada”, salienta. A expectativa é de que o Sinepe, que é o sindicato patronal, faça uma análise das reivindicações, visando uma possível regulamentação na próxima convenção.
Matéria publicada na edição desta terça, 14 de novembro, do Jornal da Manhã de Ijuí